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“A Substância”: atriz revelou inspiração em Charli XCX para fazer Sue

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O novo filme “A Substância”, estrelado por Margaret Qualley e Demi Moore, estreou nos cinemas brasileiros em 19 de setembro e traz uma trama intrigante sobre juventude e duplicidade. A produção, dirigida pela cineasta francesa Coralie Fargeat, explora os limites da obsessão com a aparência e a busca por rejuvenescimento. Na história, Demi Moore interpreta Elisabeth Sparkle, uma atriz que, após ser demitida de um programa de televisão fitness, se submete a um tratamento médico experimental que promete replicar sua juventude através de um processo celular inovador.

Margaret Qualley interpreta Sue, uma jovem que se torna uma versão mais nova de Elisabeth Sparkle, e a interação entre essas duas versões de uma mesma pessoa passa a ser o núcleo dramático do filme. Qualley, conhecida por papéis marcantes em “Era Uma Vez em… Hollywood” e “A Criada”, contou em entrevista ao Brut America que encontrou inspiração nas músicas da cantora britânica Charli XCX para compor sua personagem. Segundo a atriz, as faixas antigas de Charli, especialmente aquelas com uma energia vibrante e feminina, ajudaram-na a acessar o espírito livre e ousado de Sue. “Acabei ouvindo muito Charli XCX para chegar à energia da Sue”, revelou Qualley, destacando como a sonoridade das músicas moldou sua preparação para o papel.

A escolha de Qualley por se conectar com as músicas de Charli XCX também reflete o tom contemporâneo da personagem, que parece estar em sintonia com a liberdade e a ousadia da nova geração de mulheres no cinema. Ao mencionar o “Brat Summer” vivido com as canções da cantora, Qualley ilustra como a trilha sonora pessoal ajudou a canalizar a vibração necessária para dar vida a Sue, uma personagem que parece transitar com facilidade entre a rebeldia e a vulnerabilidade.

Enquanto isso, Demi Moore, que tem uma vasta e respeitada carreira em Hollywood, com sucessos como “Ghost – Do Outro Lado da Vida” e “Questão de Honra”, seguiu um caminho completamente diferente em sua abordagem. Em contraste com a energia vibrante buscada por Qualley, Moore revelou que sua inspiração veio do silêncio e do vazio. “Minha inspiração foi mais o silêncio, como se o mundo não existisse, como se fosse tudo um vazio”, explicou a atriz. Para ela, esse senso de desolação e desconexão foi crucial para interpretar Elisabeth Sparkle, uma mulher que enfrenta a perda de relevância e sua luta por um retorno à juventude.

Essa diferença nas abordagens das duas atrizes reflete a dualidade central do filme, em que uma versão jovem e uma versão mais velha da mesma pessoa são forçadas a coexistir. A relação entre essas duas personagens, que simboliza o conflito entre o envelhecimento e a busca incessante pela juventude, é o ponto-chave da trama, proporcionando uma reflexão sobre o que significa manter a própria identidade quando confrontado com a perda do tempo.

O enredo de “A Substância” mergulha profundamente nessa questão, explorando temas como envelhecimento, tecnologia, e o preço da busca incessante pela juventude eterna. Elisabeth Sparkle, vivida por Moore, é uma atriz em declínio que, ao ser retirada de um programa de fitness de sucesso, vê a oportunidade de participar de um tratamento que promete rejuvenescê-la por meio de replicação celular. No entanto, o processo não é tão simples quanto parece, pois as duas versões de si mesma – a jovem e a original – precisam coexistir no mesmo espaço.

Essa convivência entre duas gerações de uma mesma pessoa provoca conflitos intensos, e o filme oferece um olhar provocativo sobre o impacto do envelhecimento na psique humana, além de como a sociedade valoriza, ou desvaloriza, as mulheres à medida que envelhecem. Moore, com sua vasta experiência em interpretar mulheres fortes e complexas, encontra um terreno fértil em Elisabeth Sparkle, que simboliza a luta de muitas mulheres contra a invisibilidade ao envelhecer.

Outro destaque do elenco é Dennis Quaid, conhecido por papéis em filmes como “Operação Cúpido” e “O Dia Depois de Amanhã”, que interpreta uma figura central na trama. Sua presença adiciona um toque de peso dramático à história, ampliando ainda mais a complexidade das interações entre os personagens.

A diretora Coralie Fargeat, que já havia mostrado seu talento no thriller “Vingança” (2017), traz em “A Substância” uma estética visual marcante e uma narrativa que flerta com a ficção científica e o horror psicológico, explorando os efeitos de tratamentos experimentais no corpo e na mente humana. Seu estilo ousado e seu foco em protagonistas femininas fortes tornam este filme um trabalho que se destaca dentro do gênero, especialmente por abordar questões tão atuais como a pressão estética e a objetificação da mulher.

Com uma narrativa que se equilibra entre o realismo e o surrealismo, “A Substância” é uma reflexão sobre os limites da ciência e da vaidade humana. O filme oferece uma experiência visual e emocional poderosa, e sua estreia em setembro no Brasil chega em um momento onde o debate sobre envelhecimento, identidade e a busca pela perfeição física nunca foi tão atual.

Em um momento onde a indústria do entretenimento começa a valorizar mais as histórias que desafiam padrões tradicionais de beleza e juventude, “A Substância” surge como uma obra que incita discussões pertinentes, e performances como as de Margaret Qualley e Demi Moore servem para elevar a complexidade emocional da história. A união dessas duas gerações de atrizes cria uma dinâmica rica e emocionante, que promete deixar os espectadores questionando até onde estariam dispostos a ir para alcançar uma nova versão de si mesmos.

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